segunda-feira, janeiro 23, 2006
terça-feira, janeiro 17, 2006
E qual é o teu clássico preferido?
A minha evolução como ser humano levou-me a experimentar a música clássica.
À medida que fui aprendendo alguma coisa sobre música, como músico muito amador que sou, fui notando que o que eu andava a ouvir não me preenchia o espírito como seria desejável. Quando punha Pearl Jam, The Strokes, Alice in Chains ou qualquer outra coisa contemporânea no meu leitor de CDs sentia um vazio que as composições destes autores, por muito meritórias que de facto são, não conseguia ocupar.
Oscar Wilde (para os mais distraídos, um escritor e dramaturgo irlandês) dizia nos seus tempos que "Toda a arte é inútil" no prefácio de "Um retrato de Dorian Gray". Esta afirmação é a conclusão que Oscar Wilde tira de uma lista grande de argumentos, todos muito válidos, mas com a qual não concordo.
Porquê? Porque acho eu a arte útil?
Aprendi a 'manipular' o meu estado de espírito com a arte dos clássicos, algo que não consigo com os contemporâneos (por contemporâneos entenda-se o estilo, não o autor). Sirvo-me da música de Beethoven, da sua dinâmica e energia, para me acordar, da música mais melódica de Mozart para me inspirar, da de Johann Sebastian Bach para me alegrar e do dueto das flores de Leo Delibes para me acalmar.
Só para me energizar consigo recorrer aos contemporâneos e para nada mais, sem contar com o cantarolar no carro ou o pézinho de dança numa discoteca.
Para os não iniciados recomendo algumas obras:
Dueto das Flores - Leo Delibes
2º Andamento da 9ª Sinfonia - Beethoven
2º Andamento da 7ª Sinfonia - Beethoven
1º Andamento da 6ª Sinfonia - Beethoven
1º Andamento da 5ª Sinfonia - Beethoven
Eine Kleine Nachtmusik - Mozart
Missa em Si Menor - Johann Sebastian Bach
4º Andamento da Sinfonia do Novo Mundo - Antonin Dvorak
E muito e muitos mais, que aqui não referirei.
Até à próxima e como falamos da arte,
"Quem parte e reparte e fica com a pior parte, ou é tolo ou não sabe da arte."
terça-feira, janeiro 10, 2006
Apertar as mãos...
Enfim, apesar de algumas variações de país para país, a verdade é que o aperto de mão é universal!
Ao que parece, começou há umas centenas de anos atrás e, como em tantas outras coisas, é dado o crédito aos gentlemen ingleses. O seu objectivo original era mostrar que se vinha de "mão aberta" e desarmado. Os ingleses eram na altura grandes viajantes, e a utilização do aperto de mão espalhou-se de forma rápida!
Mais tarde formularam-se variadíssimas teorias relativamente à forma como esse aperto era feito, essencialmente em 3 vertentes:
- a maneira como se estende a mão
- a maneira como se aplica pressão
- o tempo que dura esse aperto
Cada um terá a sua opinião formada sobre os apertos de mão, e não me quero alongar muito relativamente a esse assunto. No entanto queria apenas referir algo que me pareceu interessante no que toca à forma como se estende a mão:
- Palma para baixo --> a pessoa que estende a mão com a palma para baixo pensa ser o "dono do mundo", obrigando a outra pessoa a inferiorizar-se, pondo a palma para cima.
- Palma vertical --> vamos trabalhar em conjunto; é sinal de cooperação
- Palma para cima --> "sou um escravo ao seu serviço"; quando é a pessoa que estende a mão que tem a iniciativa de virar a palma para cima não se está a rebaixar (como referido no primeiro ponto) mas apenas que está ao serviço da outra pessoa, no que toca a trabalho
Antigamente também não era toda a gente que podia estender a mão, era sempre a pessoa mais importante ou mais forte do grupo que tinha de tomar iniciativa.
Mas hoje os tempos são outros e o importante é a igualdade, por isso cada um pode estender a mão quando bem entender, apertar com a força que quiser, o tempo que quiser e virado para o lado que quiser... Mas sempre sujeito a interpretações dúbias por parte das outras pessoas!
Mas afinal de contas, essas são as regras do jogo.
"Aquele abraço", e um bom ano para todos!