Opinanço

O Blog onde é obrigatório ter opinião sobre tudo (cinema, música, futebol, política, etc etc etc)

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Idiotice

Vejam esta idiotice:

http://www.robweychert.com/virtualstan/

É só rir...

"Mais vale um pássaro na mão, que dois a voar"

Paz no mundo pós-guerra fria

Olá a todos!

Na época natalícia, que, para os mais distraídos não é apenas a altura em que os centros comerciais não fecham ao fim de semana, costuma-se muito falar da Paz.

Estive a pensar na Paz e no que significa a paz no mundo moderno e, mais que isso, a tentar procurar razões para a interrupção de períodos de Paz desde a queda do muro de Berlim e cheguei a conclusões que os especialistas em geo-estratégia e geo-política, nos seus artigos de opinião, apoiados em estudos, livros, filosofias e análises não conseguiram.

Justifiquemos, então, as maiores guerras do tempo moderno:

Guerra do Golfo:

Ao contrário da opinião pública, malignamente manipulada pela comunicação social e senso comum, a primeira guerra do Golfo não teve como justificação a invasão do Kuweit por parte dos seus vizinhos iraquianos ou o controlo do preço do petróleo no médio oriente.
Estou em condições de garantir, sim, garantir, que a razão não se prendeu com isto, mas com algo que a comunicação social da altura procurou omitir contra a vontade do presidente na altura George Bush.

A razão tem a ver com, pasmem-se, Whoopi Goldberg! Estou em condições de assegurar que um jovem George W. Bush pediu encarecidamente a sua mãe, Barbara Bush, que o levasse ao cinema para ver a ante-estreia da comédia musical 'Do Cabaré para o convento'. Barbara Bush prontamente acedeu ao pedido do seu filho, no entanto uma emergência caseira impediu-a de satisfazer esta pretensão do seu adorado rebento.

Delegou, a antiga primeira dama dos EUA, esta tarefa ao seu marido, que preocupado estava com os preços a que o rabanete e a couve roxa estavam a ser negociados nos mercados internacionais.

Teve então George Bush a indigna tarefa de acompanhar o seu filho à película que tinha como personagem principal a irmã Mary Clarence (ou Delores Van Cartier), interpretada por uma das mais medíocres actrizes de que há memória, Whoopi Goldberg.

Todos os medium, espíritas, tarólogos e analistas financeiros têm visões nas quais surgem os defuntos irmãos Lumiére amaldiçoando a sua invenção que permite a Whoopi Goldberg irromper num frenesi doentio, ano após ano, nas casas de todos os Portugueses em inúmeras repetições deste coral filme transmitidas pela TVI.

Ora, George Bush, um defensor de causas justas até então, foi corrompido pelo filme. Tudo aquilo em que acreditava, a felicidade, o amor fraternal a beleza das flores e do canto dos pássaros foi relativizado naqueles 98 minutos d'O Cabaret para o Convento. Ponderou o nosso sábio herói "Se tudo aquilo em que eu acredito, o não às drogas, ao álcool à balda nas aulas tem tão mau resultado quando transmitido no ecrã será que devo acreditar em tudo à partida?".

Um homem de Paz converteu-se à guerra, um santo num demónio, um heterossexual numa bicha histérica, um sábio num louco, um apreciador de artes finas num sócio do clube de fãs de Tony Ramos. Qualquer pretexto seria bom para mostrar o novo George Bush e a invasão do Kuweit foi-o...

Mais tarde explicarei a guerra da Bósnia.

Abraços,

Vasco

"Quem te avisa, teu amigo é"

terça-feira, dezembro 06, 2005

O Número: 28%

Não é que estou entretido a ler o jornal de ontem, nomeadamente a secção de negócios (que sai à 2a feira) do Diário de Notícias, quando me deparo com o seguinte número: 28%!
Claro que perante este número, tive de ir ler a notícia, que passo já de seguida a relatar:

"28%
É a percentagem dos 5,1 milhões de empregos existentes em Portugal no terceiro trimestre deste ano, que foram conseguidos por «cunhas», ou seja, por intermédio de pessoas conhecidas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. Só desde há um ano é que este método deixou de ser a forma mais eficaz de se arranjar um emprego, sendo ultrapassada pela contratação directa dos empregadores."

Não é fantástico haver dados sobre isto?
E não é fantástico também o número??? 28%! E só há um ano é que deixou de ser a forma mais eficaz de arranjar emprego...
Cerca de 3 pessoas em cada 10 arranja emprego através de cunha... Deixa ver... eu não precisei de cunha... E devo conhecer mais de 10 pessoas que arranjaram emprego este ano!!! Quem de vocês é que usou cunha???

Para reflectir...

segunda-feira, dezembro 05, 2005

De médico e de louco todos temos um pouco...

Esta moda de acabar os posts com um ditado... Porque não começá-los com um ditado? E não é que foi o que eu fiz? Agora nem sequer preciso de falar sobre isso o resto do post... posso falar sobre normas/regras/costumes e como quebrá-los/contorná-los/deturpá-los... Ou então não!

Eu queria mesmo falar sobre o ditado que faz o título!

Penso que é daqueles ditados que não oferece grandes dúvidas... Sempre que alguém tem um problema, dói-lhe a cabeça, tá constipado, tem febre, torceu um pé, tem uma unha encravada, uma verruga, borbulhas... seja o que for, há sempre alguma coisa a dizer! Todas as pessoas têm sempre uma ideia sobre qual a melhor maneira de ultrapassar essa dita maleita... há sempre mezinhas que a mãe sabe, ou a avó, ou lá na aldeia...
Assim sendo... todos temos um pouco de médico!

E de louco? Será que todos temos um pouco de loucos? Penso que não estou muito longe da verdade quando digo que uns mais do que outros... Eu, por exemplo, acho que possuo um nível de loucura acima da média! ... Mas não estou aqui para falar de mim... vocês já me conhecem o suficiente para me acharem (ou não) louco!
A verdade é que quando escolhi este ditado estava a pensar em loucura em termos de génio, e não tanto de Júlio de Matos! No entanto, penso que estão os dois um pouco relacionados... quantos não foram em tempos considerados loucos, quando no fim de contas eram génios visionários?
Penso que muitas vezes as pessoas reprimem o seu génio, a sua loucura, por medo do que as outras pessoas possam pensar/dizer. Parece-me que há por aí muito valor à solta por descobrir... por baixo de cada pessoa que pensamos ou criticamos por ser estranha pode estar um génio reprimido!
Por isso da próxima vez que me quiserem criticar em qualquer momento de loucura, lembrem-se que pode ser o meu génio a querer sair da toca! Assim sendo, incentivem a minha loucura (ou a loucura da pessoa que estiver perto de vocês...) e não a reprimam ou critiquem!
E o mesmo se aplica a vocês... Soltem a vossa loucura... Deixem sair o pequenino ser que está aí dentro... Deixem-no crescer... alimentem-no... façam-no acreditar em si próprio... Vão ficar surpreendidos! SOLTEM O GOLLUM QUE HÁ DENTRO DE VOCÊS, PARA UM MUNDO MELHOR!

(Pronto... e assim se passou mais um momento de pura insanidade mental... Quem são estes senhores de branco que vêm atrás de mim??? Porque trazem um colete branco para mo vestir??? Eu nem gosto muito de branco... Porque é que eles têm o tamanho de armários e a inteligência de porteiros de discoteca??? oopsss...)

O prometido é devido...



... mesmo para as ocasiões mais sórdidas e mórbidas!

Agora que já sabem como se faz, por favor não hesitem nem se enganem! Seria um desperdício de sangue e de conhecimento! (eu com tanto trabalho a ensinar-vos... e vocês a fazerem a já célebre e (demasiado) batida "chamada de atenção" que é a tentativa de suicídio "falhada" via míseros cortes nos pulsos...)

Se optarem por meios diferentes para cometerem este grande acto de "Hara-Kiri" podem contactar-me ou comentar o post, e eu publicarei um novo artigo com algumas formas diferentes para uma morte quiçá indolor, rápida, e garantida!

Sem mais assunto de momento, e na esperança que tenham todos percebido a mensagem, e que já ninguém vá tentar "atravessar a estrada" (eu se fosse pai, já não caía nessa...) mas sim "descer a rua", despeço-me...

P.S.: Sejam livres de participarem neste blog que também é Vosso (vocês sabem de quem é que eu estou a falar...)

Farpas

Caríssimos,

Enquanto ainda sou estudante e com menos trabalho do que alguns de vós que de Sol a Sol labutam para colocar a massa de trigo e água na mesa, faço por ocupar as minhas (muitas) horas livres com actividades que possam ser construtivas (como a leitura de livros, cartões de trivial e artigos de enciclopédia, que pode estar relacionada com a minha participação no cofre).

Decidi começar a ler um livro de comentários, "Uma Campanha Alegre de «As Farpas»" feitos pelo mais irónico escritor da história recente do país, Eça de Queiroz, que, por acaso, é também o meu preferido, e compilados por Antero de Quental.

A primeira coisa que vamos percebendo, à medida que percorremos as páginas com os olhos e as interpretamos com a massa cinzenta, é que em 130 anos o País mantém-se na mesma, muda-se os sistemas políticos (monarquia -> ditadura -> democracia), mudam os dirigentes, muda o povo, mudam os sistemas e com tudo isto renova-se a nossa mediocridade.

Um pequeno excerto:

"Nação, Nação, boa amiga, não nos queiras mal! Tu és velha, tu és fabulosamente velha, tu és de além da campa! Mas tens o carácter firme. E no meio da leviandade movediça destes partidos liberais - tu tens uma vantagem. Lançaste a âncora no meio do oceano e ficaste parada. Estás apodrecida, cheia de algas, de conchas, de crostas de peixes, mas não andaste no ludíbrio de todas as ondas e na camaradagem de todas as espumas! Tu eras excelente - se fosses viva. Mas és um jornal sombra. És tão viva como o Eneias. Tão contemporânea como Telémaco."

Para os mais distraídos, uma pequena biografia de Eneias e Telémaco:

Eneias - Chefe troiano filho de Anquises e Vénus.
Telémaco - Filho de Ulísses e Penélope.

Donde concluímos que a Nação está tão viva como os mortos de há 2500 anos e é tão contemporânea como os tais de há 2500 anos.

Desafio-vos a ler este livro, substituam as palavras 'monarquia' por 'democracia', 'D. Luís I' por 'Sócrates', 'Antero de Quental' por 'Miguel Sousa Tavares' e 'Verdi' por 'Axel' e verão a actualidade desta obra, que, arrisco-me a dizer, poderá tornar-se imortal não acorde o País da letargia em que se encontra.

Cabe-nos, a nós, à geração jovem, mudar este estado de coisas, trabalhar para desactualizar as Farpas, fazer com que os que aí vêm não percebam do que é que o Eça poderia estar a falar quando se referia ao País nestes termos.

Voltemos aos tempos de glória de D. João II (a última altura na história em que estivemos na mó de cima) ou voltemos a ser integrados na vizinha Espanha. A decisão está nas nossas mãos, geração de 1975 - 1990!

Um provérbio inglês:

"Idle hands are Devil's workshop"

quinta-feira, dezembro 01, 2005

O meu CD preferido

Olá a todos!

Estive a fazer uma pesquisa por cá por casa, ouvindo os velhos 33 rpm e CDs cobertos pelo pó dos anos e descobri um que acredito ser indispensável no prato da aparelhagem de qualquer apreciador de boa música.


Os ritmos, as melodias e a harmonia do showman Rulli Rendo são desconcertantes e fazem-nos pensar:

"Como é que será que estas pessoas são tão dotadas..."

Bom feriado a todos!

"De Espanha, nem bom vento nem bom casamento"