Olá a todos!
Na época natalícia, que, para os mais distraídos não é apenas a altura em que os centros comerciais não fecham ao fim de semana, costuma-se muito falar da Paz.
Estive a pensar na Paz e no que significa a paz no mundo moderno e, mais que isso, a tentar procurar razões para a interrupção de períodos de Paz desde a queda do muro de Berlim e cheguei a conclusões que os especialistas em geo-estratégia e geo-política, nos seus artigos de opinião, apoiados em estudos, livros, filosofias e análises não conseguiram.
Justifiquemos, então, as maiores guerras do tempo moderno:
Guerra do Golfo:
Ao contrário da opinião pública, malignamente manipulada pela comunicação social e senso comum, a primeira guerra do Golfo não teve como justificação a invasão do Kuweit por parte dos seus vizinhos iraquianos ou o controlo do preço do petróleo no médio oriente.
Estou em condições de garantir, sim, garantir, que a razão não se prendeu com isto, mas com algo que a comunicação social da altura procurou omitir contra a vontade do presidente na altura George Bush.
A razão tem a ver com, pasmem-se, Whoopi Goldberg! Estou em condições de assegurar que um jovem George W. Bush pediu encarecidamente a sua mãe, Barbara Bush, que o levasse ao cinema para ver a ante-estreia da comédia musical 'Do Cabaré para o convento'. Barbara Bush prontamente acedeu ao pedido do seu filho, no entanto uma emergência caseira impediu-a de satisfazer esta pretensão do seu adorado rebento.
Delegou, a antiga primeira dama dos EUA, esta tarefa ao seu marido, que preocupado estava com os preços a que o rabanete e a couve roxa estavam a ser negociados nos mercados internacionais.
Teve então George Bush a indigna tarefa de acompanhar o seu filho à película que tinha como personagem principal a irmã Mary Clarence (ou Delores Van Cartier), interpretada por uma das mais medíocres actrizes de que há memória, Whoopi Goldberg.
Todos os medium, espíritas, tarólogos e analistas financeiros têm visões nas quais surgem os defuntos irmãos Lumiére amaldiçoando a sua invenção que permite a Whoopi Goldberg irromper num frenesi doentio, ano após ano, nas casas de todos os Portugueses em inúmeras repetições deste coral filme transmitidas pela TVI.
Ora, George Bush, um defensor de causas justas até então, foi corrompido pelo filme. Tudo aquilo em que acreditava, a felicidade, o amor fraternal a beleza das flores e do canto dos pássaros foi relativizado naqueles 98 minutos d'O Cabaret para o Convento. Ponderou o nosso sábio herói "Se tudo aquilo em que eu acredito, o não às drogas, ao álcool à balda nas aulas tem tão mau resultado quando transmitido no ecrã será que devo acreditar em tudo à partida?".
Um homem de Paz converteu-se à guerra, um santo num demónio, um heterossexual numa bicha histérica, um sábio num louco, um apreciador de artes finas num sócio do clube de fãs de Tony Ramos. Qualquer pretexto seria bom para mostrar o novo George Bush e a invasão do Kuweit foi-o...
Mais tarde explicarei a guerra da Bósnia.
Abraços,
Vasco
"Quem te avisa, teu amigo é"